- Nº 1830 (2008/12/24)

<i>Qimonda</i>

Breves Trabalhadores

Mais sacrifícios não devem ser pedidos aos trabalhadores pela Qimonda, depois do plano de ajudas conhecido no domingo, reclamou o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte e Centro. Citado pela Lusa, um dirigente do STIENC/CGTP-IN recordou que há dois anos é exigido aos operários que levem a sua jornada de trabalho até 12 horas, sem qualquer compensação extra. Daniel Sampaio reagia assim ao anúncio de uma injecção de 325 milhões de euros na empresa: cem milhões emprestados pela Caixa Geral de Depósitos, a que se juntam 150 milhões do estado alemão da Saxónia e 75 milhões da Infineon, principal accionista da empresa que detém a fábrica de chips e semicondutores, instalada em Vila do Conde e que é actualmente a maior exportadora portuguesa. Obteve ainda uma garantia bancária estatal de 280 milhões de euros, da Alemanha e da Saxónia. Notando que, assim, a Qimonda pode enfrentar a crise «de uma forma mais simpática do que generalidade das empresas», o dirigente disse esperar que os reforços financeiros permitam ainda salvaguardar os cerca de dois mil postos de trabalho.